A EEB POPS, alunos,
comunidade escolar se solidariza com o trágico acidente da Chapecoense e
manifesta seu afeto pelas mensagens e a criação de uma página no facebook
(alunos do 902) e, a partir do dia 02-12-2016, os estudantes usarão uma fita
preta no braço.
É uma demonstração de
sensibilização dos estudantes, refletindo sobre o “ser humano”.
SOMOS TODOS
CHAPECOENSES – Fabrício Carpinejar
E quando uma cidade
inteira morre? Uma cidade para no ar?
Quando uma cidade some
e o sangue se transforma em vento?
Quando os relâmpagos emudecem.
Quando as estrelas ficam envergonhadas de brilhar e o sol de aparecer.
Quando uma cidade perde
suas residências dentro de uma avião? Porque cada homem era uma casa, uma
família, uma esperança.
A queda da aeronave na
Colômbia que levava o time da Chapecoense matou toda Chapecó na madrugada desta
terça-feira (29-11). Porque Chapecó era Chapecoense. Nunca vi uma torcida como
aquela: pais, mães e filhos levantando bandeiras na Arena Condá.
As ruas se esvaziavam
para ouvir melhor o coração do estádio.
Uma equipe movida pela
alegria dos moradores que incentivaram com a loucura infantil do bairrismo e da
gincana. Um viveiro de vozes, uma caixa de ressonância de gritos.
Uma equipe que veio de
baixo, de mais simples e monocromática chuteira, da pobreza da grama em 43 anos
de história, que subiu da série D para A em apenas seis anos em 2013, campeão catarinense por cinco vezes, que se manteve
com prestígio na elite do futebol brasileiro e que disputaria a final da Copa
Sul Americana na próxima quarta, o que seria seu maior título. Novatos no
triunfo, mas veteranos na resiliência.
22 mil pessoas nas
arquibancadas eram 210 mil pessoas na cidade. 71 mortos são 210 mil
chapecoenses.
Não duvido que um país
inteiro não tenha definhado junto em Rionegro, perto de Medellín, na Colômbia.
Jamais contaremos os
mortos da tragédia. Jamais saberemos ao certo o número de mortos. Somos hoje
todos desaparecidos.
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